segunda-feira, 1 de julho de 2013

Daria uma história



Era menina de pouca conversa, simplória... Dizia aos “heróis” ser destemida dos fantasmas do apego - quem sabe isso não seria seu ponto fraco.
No início muito olhar e segurança, de que no peito nada mais do que um desejo de beijar e estar ao lado [só]. 

Na verdade, o que pregara o destino foi uma reviravolta, um colapso de mudança. Apegou-se... Passou a querer falar mais um pouco de si e baixar a cabeça, quando o coração palpitava querendo gritar.


Perguntaram os heróis: “Mas o que tens agora em teu peito, senão meros aparelhos descobrindo os teus problemas?”. Ressurgia alí, quem sabe, um amor que há muito não acordava. Diagnosticou o tempo, calado.


Quão impossível seria o despertar de tanta coisa assim, que o próprio ego a desafiou, e correu atrás por respostas, durante três noites. Dizendo o outro lado que ele, distante, feliz estava. Sem saber que já teria preenchido todas as alternativas, deixando-o desconfiado, zangado e sem reação, dominou por muitos instantes aquele medo de perder. 

Salomão Prado

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