Era menina de pouca conversa, simplória... Dizia aos “heróis”
ser destemida dos fantasmas do apego - quem sabe isso não seria seu ponto
fraco.
No início muito olhar e segurança, de que no peito nada mais
do que um desejo de beijar e estar ao lado [só].
Na verdade, o que pregara o
destino foi uma reviravolta, um colapso de mudança. Apegou-se... Passou a
querer falar mais um pouco de si e baixar a cabeça, quando o coração
palpitava querendo gritar.
Perguntaram os heróis: “Mas o que tens agora em teu peito, senão
meros aparelhos descobrindo os teus problemas?”. Ressurgia alí, quem sabe, um amor
que há muito não acordava. Diagnosticou o tempo, calado.
Quão impossível seria o despertar de tanta coisa assim, que
o próprio ego a desafiou, e correu atrás por respostas, durante três noites. Dizendo o outro lado que ele, distante, feliz estava. Sem saber que já teria
preenchido todas as alternativas, deixando-o desconfiado, zangado e sem reação,
dominou por muitos instantes aquele medo de perder.
Salomão Prado
Salomão Prado
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